17 maio 2011

Explosões e cotidiano.


- Porque você não casou com ele? Não o amava?

- Amava, amava muito, tanto que já chegou a doer… mas faltava algo.
- Faltava? O que? Vocês pareciam felizes. Um casal danado de bonito!
- É… parecíamos e quase sempre éramos felizes, mas nunca consegui decifrar o vazio. A angústia sorrateira que me impedia de seguir em frente, sabe quando você tá com vontade de comer, mas não sabe o que? pronto…
- Ah menina, que besteira, era coisa da sua cabeça! Você perdeu um grande homem.
- Talvez sim, mas eu queria o tremor, a explosão e isso não tínhamos… talvez fosse isso que faltasse. Paixão, brilho, coração pulsante.
- É? paixão não enche barriga.
- Não, não enche a barriga mas enche o coração, preenche os dias, trás aquela felicidade repentina, serelepe, trás paz.. vida! Você conseguiria viver sem isso?
- É.. não sei, prefiro certezas.
- Então você apenas sobrevive, prefiro um mundo de incertezas, e a cada dia descobrir algo novo, viver sem medo de mudanças, me jogar nessa louca aventura que é o amor e a paixão, tomar o café sem medo de queimar a língua, do que o café morno das 10h… 
Crisley Ramos

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