03 agosto 2009

Excruciante

A falta que ela sente lhe dói o estômago, lhe revira a mente. É assim excruciante, indagável, indefinida, não se sabe do que, nem de onde veio. Os dias passam como águas de um rio revolto, rasgando as margens do corpo, causando enchentes em seus pequenos olhos de avelã. Com a mente revirada ela foi revirar seu quarto, abriu as gavetas da imaginação, leu as cartas das lembranças, os livros da saudade e por fim viu as fotografias do passado, uma por uma, foi então que aquela menina dos mais belos lindos olhos de avelã, viu rolar por seus olhos gotas de memórias, descobrindo de onde vinha essa falta e por que ela lhe rasgava o peito, era ele que não estava ali. Ela então começou a indagar: - Como poderia um único ser causar uma mistura inconsolável de sentimentos, como poderia um únicor ser dominar tanto os meus sentidos a ponto de me fazer explodir em êxtase e ao mesmo tempo juntar todos os meus pedaços e colocar no fundo do baú, como poderia?

- Não tá Revisado, mas é isso Ai!

Crisley Ramos